O preço praticado em algumas regiões tem deixado preocupados os produtores de milho no Brasil. A expectativa é de que o governo volte a apoiar o setor. O Ministério da Agricultura tenta resolver questões burocráticas, mas já tem um calendário definido para retomar os leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP). O ministro Reinhold Stephanes espera que essa retomada seja anunciada nesta quinta, dia 20. Se isso for confirmado, as operações podem ser feitas ainda este mês.

Os produtores de milho do Centro-Oeste estão entre os que reclamam do preço. Segundo eles, o valor mal cobre o custo. A produção do cereal é considerada razoável, mas as exportações seguem travadas e dependendo de subsídio do governo.

Com a baixa liquidez, o mercado do grão está praticamente paralisado este ano. Desde janeiro, o preço caiu cerca de 9%, segundo a Esalq. Alguns analistas prevêem uma forte redução do plantio do cereal na safra 2009/2010. As apostas variam entre 10% e 20%.

No mercado internacional, a cotação está em alta. Na bolsa de Chicago, o vencimento dezembro fechou o pregão dessa quarta, dia 19, com ganhos de 1,55%, a US$ 3,27 o bushel. Situação diferente do mercado brasileiro: na BM&FBovespa, o milho para setembro teve baixa de 0,56% a R$ 19,59 a saca. Para dezembro, queda de 1,28%, com o grão cotado a R$ 20,81 por saca.