| 19/08/2009 19h01min
Os impactos da crise no setor de alimentos se refletiram na indústria de embalagens. A queda na produção foi de quase 10% na comparação do primeiro semestre de 2009 com o de 2008. Com este resultado, o segmento já prevê um faturamento de R$ 3 bilhões a menos para este ano. O estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Associação Brasileira de Embalagens (Abre) foi apresentado nesta quarta, dia 19, em São Paulo.
Apesar de vir apresentando recuperação a cada mês, a indústria de embalagens ainda enfrenta a retração trazida pela crise financeira. No segundo trimestre de 2009, registrou uma das maiores quedas de produção dos últimos anos, de 10,8%. Na comparação semestral, o pior desempenho foi o das embalagens para madeira, com redução de 27%. O resultado negativo está ligado a diminuição da atividade na indústria brasileira em geral.
Mais de 20% das embalagens plásticas produzidas no Brasil são destinadas aos mercados de alimentos e bebidas. E, como a crise global teve reflexos importantes para estes dois segmentos, o setor de embalagens também sofreu.
No Brasil, a produção de embalagens plásticas para alimentos e bebidas caiu 8,1% na comparação semestral. Mas o efeito no emprego foi geral. Em toda a indústria de embalagens, 5.820 funcionários foram demitidos entre julho de 2008 e de 2009. As exportações do setor também sofreram impacto, queda de quase 43%.
Apesar do resultado negativo, o setor acredita em um segundo semestre de retomada e espera que em dezembro a produção retorne aos níveis de antes da crise. Mesmo assim, a receita de 2009 deve ficar em R$ 33,2 bilhões. No ano passado, o valor foi de R$ 36,6 bilhões.
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