| 05/08/2009 10h57min
No primeiro semestre de 2009, a agroindústria brasileira recuou 5,4%, resultado inferior ao assinalado no mesmo período de 2008 (4,1%), mas ficou acima do registrado pela média da indústria geral (-13,4%). Os setores associados à agricultura (-3,5%) apresentaram queda menos intensa do que os setores vinculados à pecuária (-4,0%). No grupo inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário, a retração foi de 27,0%, e no segmento madeira, 21,7%.
Em bases trimestrais, a agroindústria apresentou resultados negativos nos dois primeiros períodos de 2009. Após recuar 6,7% no primeiro trimestre, a agroindústria diminuiu o ritmo de queda no segundo (-4,3%), por conta da melhora da agricultura, que passou de -5,5% para -2,1%, enquanto a pecuária mostrou movimento inverso (de -3,1% para -5,0%).
O resultado do primeiro semestre de 2009 para a agricultura foi influenciado negativamente pela estiagem, iniciada no último trimestre de 2008, que afetou, sobretudo, a Região Sul, principal região produtora do país, além do menor uso de adubos e defensivos, que contribuíram para a redução da produtividade e produção. Conforme estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, a safra de grãos de 2009 deverá ser da ordem de 133,3 milhões de toneladas de grãos, resultado 8,7% inferior à safra recorde de 2008 (146,0 milhões de toneladas).
As exportações, por conta da crise internacional, apresentaram queda no volume e no preço da maioria das commodities agropecuárias exportadas, contribuindo negativamente para o resultado da agroindústria. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), até junho de 2009, o volume exportado dos principais produtos da agroindústria apresentou as seguintes variações em comparação ao mesmo período de 2008: pedaços e miudezas de aves (-5,6%), carnes de bovinos congeladas (-14,3%), couros e peles de bovinos (-32,1%), sucos de laranjas (-4,0%), álcool (-25,2%) e óleo de soja em bruto (-8,4%). Por outro lado, houve aumento nas exportações de açúcar (50,5%), grãos de soja triturados (40,2%) e bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja (9,3%). As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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