| 01/08/2009 15h30min
A produção agropecuária vem ressurgindo no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo, e um dos destaques dessa nova fase é a rizicultura (agricultura do arroz). Isso foi o que o Sebrae em São Paulo em São José dos Campos, em parceria com o Instituto Biosistêmico (IBS), detectou por meio de um diagnóstico realizado entre os rizicultores dos municípios de Tremembé, Taubaté e Caçapava.
No estudo, foram analisados itens como ocupação e uso do solo, qualidade e segurança do produto e relação com mercado, entre outros. O diagnóstico, entregue aos produtores no dia 22 de julho, faz parte do Sistema Agroindustrial Integrado (SAI), programa do Sebrae/SP voltado a produtores rurais, e foi feito com base em estudo de propriedades nas cidades de Taubaté, Tremembé e Caçapava. Atualmente, existem 20 rizicultores nessas três cidades, sendo que a maior concentração está em Tremembé.
Um dos pontos favoráveis para o fortalecimento da rizicultura é a capacidade produtiva da região, aliada à busca de capacitação dos produtores.
– A região do Vale do Paraíba é a única do Estado que atende a cadeia produtiva de rizicultura – afirma Tatiana Candeo, gestora do SAI no escritório regional do Sebrae/SP de São José dos Campos.
A maioria dos rizicultores produz de cinco a seis toneladas por hectare. Porém, para a gestora, o potencial de produção é de até nove toneladas, número que, de acordo com o relatório, ainda não foi alcançado em função de fatores como dificuldade de acesso ao mercado, falta de acompanhamento técnico regular da maioria da produção e controle parcial das operações de produção.
– A vocação do produtor, o conhecimento da cultura do arroz e a busca de capacitação tecnológica poderão ampliar a produção da região – explica Tatiana.
Após o diagnóstico, os rizicultores passarão por uma oficina de Planejamento Participativo para levantar as reais necessidades do grupo de produtores.
– O fato de eles estarem em busca de capacitação já contribui para a melhoria da produção – diz Tatiana.
O produtor Sérgio Valério Filho, que tem 93 hectares de produção de arroz, e produz sete toneladas por hectare, ficou satisfeito com o resultado do diagnóstico.
– Não vai ser fácil, mas eu quero melhorar e nós temos capacidade para produzir mais e melhor com a ajuda do Sebrae.
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