| 12/06/2009 17h04min
A diminuição na produção de leite no Rio Grande do Sul, segundo estimativas do setor, varia entre 20 e 30% nas diferentes regiões do Estado. Enquanto isso, os preços recebidos pelos produtores seguem em defasagem, que sofrem com os custos aumentados em função das alimentações suplementares fornecidas aos rebanhos nos períodos de frio intenso.
Na última semana, o preço médio praticado em âmbito estadual para o litro de leite se manteve estável em R$ 0,59, conforme a Emater-RS. Este é o período de troca de pastagens de verão para as de inverno no Rio Grande do Sul, mas a estiagem prolongada que se estendeu nos meses de março e abril não permitiu a semeadura em tempo oportuno ou retardou seu desenvolvimento, reduzindo seu aproveitamento em cerca de 45 dias.
As últimas chuvas auxiliaram no desenvolvimento destas pastagens, principalmente a aveia e azevém, mas seu crescimento é lento devido às baixas temperaturas, não permitindo ainda sua utilização com
pastoreio direto. Nas glebas mais
baixas das propriedades rurais, as fortes geadas provocaram a queima das brotações mais novas das pastagens nativas, diminuindo a disponibilidade de alimentos diretamente aproveitados pelos animais.
No momento os produtores estão utilizando silagem, feno, ração e sobra do pasto remanescente das lavouras de verão para alimentar o rebanho, mas é grande a preocupação com a possível falta de uma dieta alimentar mais adequada durante o período do inverno, o que poderá influir negativamente na produção ofertada, que já apresenta queda.
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