Suspeita de envolvimento no suposto acerto para superfaturamento das obras de construção das barragens de Jaguari e Taquarembó, a empresária Neide Viana Bernardes aparece em diálogos interceptados pela Polícia Federal afirmando que a "progenitora maior" estaria a par do acerto. Na interpretação da PF, o termo é uma referência à governadora Yeda Crusius.

Em diálogo gravado com autorização judicial no dia 16 de maio de 2008, durante a preparação de editais para a licitação das obras de construção das barragens, Neide comenta com Edgar Cândia, dono da empresa Magna, que "tá tudo combinado" e que a "progenitora maior do Estado sabe". A Magna é uma das empresas vencedoras da obra de Taquarembó.

Apontada pela Polícia Federal como "elemento de ligação" entre o Piratini e o suposto esquema, a assessora Walna Meneses se encontrou com Neide e Cândia em abril do ano passado. Neide e Cândia foram indiciados pela Operação Solidária, investigação apura o suposto superfaturamento.

Entenda a crise no governo de Yeda Crusius: