| 25/05/2009 05h24min
A executiva estadual do PDT decide hoje se convoca o diretório gaúcho para analisar a situação dos três deputados da sigla que se negam a assinar a criação de uma CPI na Assembleia Legislativa para apurar suspeitas contra o governo Yeda Crusius. O diretório poderá ordenar o apoio à comissão.
Kalil Sehbe, Gerson Burmann e Giovani Cherini não quiseram assinar o pedido de CPI elaborado pela bancada do PT. O apoio deles é fundamental para a criação da comissão, uma vez que faltam duas assinaturas para alcançar o número mínimo de 19 signatários. Se convocado, o diretório estadual poderá exigir o apoio dos três sob pena de sofrerem punições como o desligamento da sigla.
O presidente estadual do PDT, o prefeito Romildo Bolzan Júnior, de Osório, afirmou que a decisão a ser tomada pela executiva hoje tem de levar em conta a pressão que os parlamentares já sofrem em Brasília. Cherini e Burmann correm o risco de perder o mandato por decisão do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
– A situação
dos deputados já está difícil. Creio que o processo político vai ajudá-los a mudar de posição. Vão surgir fatos novos – disse Romildo.
A oposição deposita suas fichas na adesão dos três deputados do PDT e em dissidências nas bancadas de PTB e PMDB. Os parlamentares, no entanto, preferem não confirmar alegando não haver fatos novos que justifiquem a instalação de uma CPI. Cassiá Carpes (PTB) admite esperar uma manifestação do Ministério Público Federal (MPF) sobre as investigações para se posicionar:
– Estou precavido. A pior coisa que tem é assinar e depois pedir para retirar a assinatura.
Kalil Sehbe e Alexandre Postal (PMDB) rejeitam a possibilidade de apoio a uma CPI centrada em fatos que já estariam sob investigação na Polícia Federal e no MPF.
– A CPI vai virar palco político – argumenta Kalil Sehbe.
À frente do contra-ataque tucano, Coffy Rodrigues (PSDB) afirmou ontem que vai enviar pedidos de
informação às secretarias da Saúde e da Fazenda e à Casa Civil a
respeito dos repasses à Ulbra.
A intenção é acumular elementos para comprovar que o vice Paulo Feijó cometeu improbidade administrativa ao assinar um contrato de prestação de serviços com a Ulbra. Com os dados em mãos, Coffy vai encaminhá-los ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.
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