| 22/05/2009 18h17min
Para abastecer o mercado nacional, o Brasil importa arroz do Uruguai e da Argentina. Porém, com a crise econômica e a valorização do real, a previsão do governo é de que as vendas ao mercado externo registrem uma leve retração. Assim, parte do produto exportado deverá ficar aqui no país.
Para evitar que a concentração de arroz no mercado interno resulte em baixos preços pagos ao produtor, o governo lançou no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina contratos de opção de arroz. A medida foi aprovada pelos agricultores. Nos três leilões realizados até agora, foram comercializadas 250 mil toneladas do produto.
— Estamos ofertando 120 mil toneladas por quinzena para garantir ao produtor um preço futuro. Esse preço de R$ 30,00 a R$ 35,00 para outubro significa dizer que em outubro o produtor que comprar um contrato poderá vender ao governo por esse preço — afirmou o coordenador-geral de Cereais do Mapa, Sílvio Farnese.
Até 2005, o Brasil exportava em média 60 mil toneladas de arroz. Nos últimos anos, a conquista de novos parceiros comerciais aumentou as vendas externas. No ano passado, foram comercializadas 950 mil toneladas de arroz, o correspondente a US$ 300 milhões de dólares. De janeiro até abril deste ano, 380 mil toneladas do produto deixaram o país, rumo à África e a países da América do Sul, como Venezuela e Bolívia.
— É abertura de mercados, tecnologia no campo, o produtor está cada vez mais profissionalizado no arroz. A produtividade, cada ano, cresce. São produtores que estão interessados em que a produção seja boa, de qualidade — disse Farnese.
Assim como as vendas ao mercado externo, a produção nacional também cresce. Nesta safra, foram colhidas 12 milhões de toneladas do cereal – um pouco abaixo do consumo interno, que é de 13 milhões de toneladas.
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