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O controle do presidente iraquiano Saddam Hussein sobre a segunda maior cidade do país, Basra, permanece forte como sempre depois de uma semana de um cerco virtual pelas tropas anglo-americanas, disseram residentes neste domingo, dia 30.
– Nada mudou de fato em Basra. O governo mantém pleno controle. Eles ainda governam completamente. As pessoas consideram isso uma ocupação. Se o governo nos der armas, vamos combater os americanos e os britânicos – disse Abu Jawad no lado de fora da cidade, depois de ser revistado em um ponto de controle britânico.
Basra, cidade com 1,5 milhão de habitantes, foi bombardeada por aviões e canhões desde que soldados norte-americanos e britânicos invadiram o Iraque 11 dias atrás para derrubar Saddam.
Os ataques parecem ter apenas enfurecido os civis, que estão se unindo ao presidente iraquiano mesmo com o fato de viverem com medo de sua polícia secreta. Tanques ocidentais neste domingo, dia 30, controlavam as estradas ao redor da cidade, mas eles não penetraram seu centro, onde, segundo residentes, a vida continua normal sob o firme controle de partidários de Saddam.
Segundo a população da cidade, a polícia está espalhada pela área urbana e a polícia de trânsito mantém a ordem dos velhos carros circulando enquanto nuvens de fumaça negra pairam sobre a cidade, bombas explodem e tiros são disparados. Mesmo alguns restaurantes permanecem abertos, servindo peixe e carneiro.
Apesar da sede do partido Baath ter sido atingida, os partidários de Saddam reassumiram suas atividades em outros edifícios, incluindo a resistência armada aos soldados anglo-americanos.
Unidades do exército iraquiano ainda operam e tanques estão em posição, disseram residentes. As milícias armadas com rifles não mostram sinais de fraqueza ante o poder de fogo ocidental.
– Está tudo normal. Às vezes é difícil para os funcionários públicos manterem seus turnos por causa dos bombardeios, mas fora isso, o Estado está no comando. Basra está estável – disse MuMuhammad.
O suprimento de água na cidade está acabando, e os iraquianos estão cavando poços. Os preços dos tomates e outros legumes disparou. Mas os iraquianos não culpam o partido Baath.
– Os americanos e britânicos atingiram nossa rede elétrica. Interromperam o fornecimento de água. Por quê? O governo restabeleceu a eletricidade há dois dias. Ela é interrompida algumas horas por dia, mas o serviço voltou – perguntava Osama.
Centenas de pessoas fazem filas todos os dias para entrar em Basra e vender legumes no mercado local. Um outro iraquiano diz que "Basra é iraquiana e sempre pertencerá ao governo".
As informações são da agência Reuters.
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