| 24/04/2009 16h41min
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta sexta-feira que a economia da América Latina está chegando ao fundo do poço agora, e que, a partir deste momento, iniciará uma lenta recuperação, pois as bases econômicas dos países da região são mais fortes do que no passado.
— Estamos chegando ao fundo do poço provavelmente enquanto conversamos — disse em entrevista coletiva Nicolás Eyzaguirre, o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo.
Em comparação, os países desenvolvidos só pararão de cair no início de 2010, e começarão a se recuperar no segundo trimestre do próximo ano, segundo o analista.
O Fundo prevê que a economia latino-americana sofrerá contração de 1,5% em 2009, mas o especialista destacou que esse é um número que se refere à média para o ano, e não mostra a recuperação que está se aproximando.
Para 2010, o organismo calcula um crescimento de 1,6% à América Latina.
Na
entrevista coletiva, Eyzaguirre ressaltou que os bancos da região
"estão saudáveis e sólidos", ao contrário do que ocorreu na década de 80.
Para ele, as entidades financeiras são, de fato, um dos pilares que permitirão à região se recuperar, enquanto as nações ricas continuam imersas na recessão.
Outro dos fatores positivos são finanças públicas melhores que no passado, que permitirão manter mais gastos que em outras circunstâncias.
— (Os países latino-americanos) Vão sair mais rápido da crise — disse o diretor departamental do FMI.
Em comparação, a América Latina sofreu mais que seus vizinhos em outras crises, pois a região registrava, em média, dois pontos percentuais de crescimento a menos que o resto do mundo, de acordo com cálculos do Fundo.
Nesta ocasião, a região se manterá na média do planeta, cuja economia terá contração de 1,3% este ano e crescerá 1,9% em 2010.
Apesar da avaliação positiva em geral da América Latina por parte do FMI, as nações
encontrarão dificuldades até conseguirem sair do buraco.
Eyzaguirre ressaltou que o desemprego seguirá alto em 2010, pois é uma variável que se ajusta com atraso às condições econômicas.
Por isso, pediu aos governos que reforcem os subsídios para os desempregados.
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