| 19/01/2009 21h23min
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, disse na noite de hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou aos dirigentes de centrais sindicais que o governo vai convocar os 50 maiores investidores privados do país para saber sobre seus planos de investimento:
— O presidente disse que o governo quer saber daqueles que estão suspendendo investimentos, quais são os motivos e se estão ligados à crise — disse Henrique, após deixar o Palácio do Planalto.
O sindicalista afirmou que ficou acertado, na reunião, que enquanto durar a crise, as centrais sindicais terão reunião periódica com o secretário geral da Presidência, Luiz Dulci. Também presente à reunião com Lula, o presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, alertou que as centrais não aceitarão demissões em massa:
— Faremos até paralisações, mas não vamos aceitar as demissões calados.
O presidente da
Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho, afirmou que as centrais sindicais mostraram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros que "é muito grave a crise" e seus reflexos no mercado de trabalho.
— E o presidente ficou muito sensível, é o que nós achamos — disse Paulinho.
Ainda segundo o presidente da Força, Lula afirmou que até o final de janeiro ficará à disposição para debates sobre os efeitos da crise. Paulinho acredita que nas próximas duas semanas o governo deverá anunciar novas medidas. Sobre a reivindicação das centrais de que haverá exigência de contrapartidas das empresas que receberem benefícios tributários ou empréstimos de bancos públicos, Paulinho disse que o presidente "ficou de analisar a sugestão".
— Não é possível que as empresas recebam esses recursos e ainda fiquem demitindo.
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