| 19/01/2009 17h48min
Os presidentes das centrais sindicais do país se reunirão nesta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vão apresentar mais de dez propostas para garantir o emprego dos trabalhadores apesar dos efeitos na crise internacional no país, informa o site G1.
As sugestões dos sindicalistas variam desde um aumento maior para o salário mínimo nesse ano, passando pela edição de uma medida provisória que dispensa licitação para contratações do governo por pelo menos seis meses, a até uma nova rodada de redução de impostos.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, por exemplo, levou um documento pedindo a extinção das horas extras no país, a redução da jornada de trabalho, a autorização para que os trabalhadores possam sacar pelo menos 20% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e a edição de uma medida provisória para que as contratações do governo se deem por meio de pregão eletrônico e não licitação.
O
presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Arthur Henriques Silva, reclamou ainda que o governo tem ouvido muito os empresários e deixado de lado os empregados.
A CUT propõe a redução de impostos federais e estaduais, como o ICMS, desde que as empresas se comprometam a garantir o emprego dos trabalhadores.
A central também vai pedir ao presidente que desonere temporariamente as empresas do recolhimento de contribuições que compõem o Sistema S.
A Força Sindical também trouxe várias propostas para o presidente. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da central, disse que o governo deveria trabalhar com um reajuste maior do salário mínimo neste ano como forma de manter o crescimento do mercado interno.
O sindicalista diz que um reajuste de 15% geraria um gasto adicional ao governo de R$ 40 milhões, levando em conta os aposentados.
— Nós também queremos uma redução de pelo menos 2 pontos percentuais na taxa Selic —
disse o parlamentar antes da reunião com Lula.
A Força
Sindical também defende o aumento das parcelas do seguro desemprego.
Oportunismo empresarial
Os sindicalistas também foram unânimes em dizer que há setores empresariais aproveitando a crise como argumento para restringir os direitos trabalhistas e para promover demissões em massa.
O presidente da Força Sindical disse que na próxima segunda-feira a central retoma as conversas com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para tentar garantir os empregos no Estado.
— Vamos convidar as demais centrais, se eles quiserem vão participar — comentou.
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