| 15/01/2009 16h39min
Representantes das centrais sindicais decidiram, em reunião nesta quinta-feira, suspender as negociações com os empresários por 10 dias. A decisão foi tomada sem a presença da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que não aceita a redução de salário proposta pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Durante 10 dez dias os sindicalistas pretendem se reunir com os governos estaduais e federal para buscar soluções de combate à crise e, com isso, evitar as demissões e reduções salariais.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, os sindicalistas decidiram elaborar propostas para auxiliar o governo a conter a crise no país e evitar as demissões. Entre as propostas estão medidas como a redução dos juros, aumento do crédito e redução do spread bancário (diferença que os agentes financeiros cobram entre captação e aplicação). A Fiesp, além dessas medidas, propõe a redução da jornada de trabalho e do salário.
Paulinho disse que o governo
pode reduzir impostos e, as empresas, garantir os empregos. Para ele, o governo está tomando medidas que beneficiam os empresários e ignoram os trabalhadores.
— O governo vive falando mal do Fernando Henrique Cardoso, mas no governo dele, quando isso foi feito (redução de impostos) garantiu-se o emprego.
Na próxima quarta-feira, dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decide a nova taxa básica de juros, os sindicalistas devem realizar, em São Paulo, uma manifestação com a presença da Força Sindical, da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
Os sindicalistas prometem também fazer manifestações e paralisações nas empresas e fábricas que demitirem funcionários.
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