| 06/07/2008 08h21min
Ingrid Betancourt anunciou que pretende escrever uma obra de teatro sobre sua experiência como refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Em entrevista ao diário francês Le Journal du Dimanche, ela disse também que voltará ao território colombiano "dentro de alguns dias".
— Não tenho a pretensão de escrever demais, mas quero deixar um testemunho do que vivi, para que as pessoas compreendam que, para os outros, todos podemos ser anjos ou demônios — disse a ex-candidata à presidência da Colômbia, que foi libertada durante operação militar na quarta-feira passada com outros 14 reféns das Farc, após passar quase seis anos e meio retida na selva.
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Até voltar à Colômbia,
Ingrid deseja "ver a França", onde moram os filhos, e "dedicar tempo à
família". Ela reiterou na entrevista sua alegria pelos resultados dos exames médicos que fez neste sábado no hospital militar Val-de-Grâce, em Paris, que descartaram os temores de que ela tivesse câncer. A franco-colombiana disse que deverá fazer mais exames para saber se continua com o vírus da hepatite.
— Os médicos concluíram que meu corpo resiste de maneira extraordinária a muitas coisas. É mágico — disse ela.
Ingrid contou que, quando tomava banho no hotel, na sexta-feira, o filho Lorenzo apagou a luz pensando que não havia ninguém no banheiro. Ao se ver na escuridão total, teria entrado em pânico:
— Durante o espaço de meio segundo, perdi a noção de onde estava e disse a mim mesma, como em um pesadelo: "são as Farc, vieram me levar".
Veja a reconstituição do resgate:
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