| 06/07/2008 03h16min
O ex-presidente de Cuba Fidel Castro, que se mostrou satisfeito com o resgate de Ingrid Betancourt e de outros 14 reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na semana passada, pediu aos guerrilheiros que soltem todos os outros seqüestrados, mas sem rendição.
— Critico com energia e franqueza os métodos cruéis de seqüestro e a detenção de prisioneiros nas condições da selva — disse Fidel no sábado à noite, em uma de suas colunas publicadas na internet, ao analisar o resgate da ex-candidata à presidência da Colômbia que esteve por seis anos em poder das Farc.
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O comandante fez referência a um outro artigo seu, no qual se mostrou alegre com a liberação de Ingrid — atitude incomum, visto que Fidel sempre foi cauteloso ao comentar assuntos
relacionados a grupos rebeldes da América Latina.
Desta vez,
escreveu: "Não estou sugerindo a ninguém que deixe as armas de lado, pois nos últimos 50 anos os que o fizeram não sobreviveram à paz. Se tem algo que me atrevo a sugerir aos guerrilheiros das Farc é simplesmente que declarem, de qualquer forma, a disposição em libertar os seqüestrados.
Paralelamente, o ex-governante de 81 anos — que se recupera de uma série de operações intestinais que o afastaram do poder — afirmou que foram narcotraficantes, e não os rebeldes, que começaram com a violência, as bombas e os assassinatos na Colômbia.
Nos últimos anos, Cuba juntou esforços para contribuir com a paz na Colômbia, especialmente favorecendo o diálogo entre o Exército de Libertação Nacional (ELC) — outra guerrilha colombiana — e as autoridades.
Fideal ainda advertiu sobre supostos perigos de permitir que os Estados Unidos aproveitem a ocasião para impor políticas pacificadoras de sua conveniência:
— Nunca aprovarei a paz romana que o
império pretende impor na América Latina.
Veja a reconstituição do resgate:
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