| 10/06/2008 17h49min
A Bovespa teve hoje seu sexto pregão de queda de junho – subiu apenas na quinta-feira passada –, perdendo quase todo o desempenho positivo obtido após a conquista de seu primeiro grau de investimento por uma importante agência de classificação de risco (em 30 de abril, pela Standard & Poor’s).
A queda do petróleo, a confirmação de uma captação bilionária pela Vale e as declarações do presidente do banco central dos EUA justificam o tombo desta terça-feira da Bolsa.
O Ibovespa, principal índice, recuou 2,17%, para 67.774,9 pontos, o menor patamar desde o dia da nota da S&P (quando subiu 6,33%, para 67.868,5 pontos). Daquele dia para cá, a Bolsa acumula perda de 0,14%.
Hoje, o índice oscilou entre a mínima de 67.067 pontos (-3,20%) e a máxima de 69.275 pontos (-0,01%). Com o resultado de hoje, as perdas de junho alcançam 6,64%, mas, no ano, a Bolsa ainda tem alta, de 6,09%. O volume financeiro desta terça-feira contabilizou R$ 6,224 bilhões.
Vale
A Vale confirmou pela manhã que levantará no máximo US$ 15 bilhões em recursos, numa oferta pública primária de ações ON e PNA, para “fins corporativos gerais, o que inclui o financiamento do agressivo programa de crescimento orgânico baseado no plano de investimento de US$ 59 bilhões, aquisições estratégicas e a ampliação da flexibilidade financeira”, diz nota divulgada pela manhã.
A proposta ainda terá que ser aprovada pelo conselho de administração da empresa e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A resposta dada pelos investidores aos rumores, ontem, foi a mesma dada ao fato hoje. Os investidores não gostaram da notícia da captação, porque pode ser um sinal de que a empresa pode se endividar para comprar uma outra companhia.
Vale ON caiu 2,18% e Vale PNA, 4,10%. Os rumores citam três possíveis alvos: Alcoa, segunda maior fabricante de alumínio do planeta, Anglo American, quarta maior mineradora do mundo, e a americana
Freeport-McMoRan, gigante da produção de cobre. A
Freeport seria a escolha mais provável, segundo estes analistas.
Petrobras
As ações da Petrobras recuaram 3,12% as PN e 2,97% as ON, acompanhando as perdas do petróleo no mercado externo e também motivadas pela venda de investidores estrangeiros.
Em entrevista hoje, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, avaliou que os preços do petróleo devem permanecer elevados e voláteis no mercado internacional nos próximos anos.
Petróleo e dólar
O petróleo negociado em Nova York fechou em queda pela segunda sessão consecutiva, pressionado pela alta do dólar e por novos sinais de declínio na demanda.
O barril recuou 2,26%, para US$ 131,31. Isso ajudou o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, a encerrar com ligeira elevação, de 0,08%. Já o S&P recuou 0,24% e o Nasdaq cedeu 0,43%.
O dólar subiu nos mercados
internacionais de moedas por causa das declarações dadas ontem pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco
central dos EUA), Ben Bernanke, de que a autoridade monetária dos EUA irá “resistir fortemente” a qualquer erosão das expectativas de longo prazo para os preços. Isso é um sinal de que o Fed poderá elevar os juros, o que deu suporte ao dólar.
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