A alta no preço dos produtos básicos (commodities) no Exterior permitiu à Bovespa um pregão de recuperação, no qual conseguiu anular boa parte das perdas acumuladas em junho até quarta-feira (-5,4%). Nesta quinta, encabeçada por Petrobras, Vale e siderúrgicas, o Ibovespa, principal índice, retomou o nível de 71 mil pontos e registrou a maior alta desde 30 de abril — e a quinta maior do ano.

A Bolsa doméstica fechou na máxima pontuação do dia, aos 71.234,9 pontos, em alta de 3,73%. Na mínima do dia, ficou estável em 68.674 pontos. Com a alta de hoje, as perdas de junho foram limitadas a -1,87%. No ano, os ganhos atingem 11,50%. O volume financeiro foi mais tímido que o da véspera e totalizou R$ 5,868 bilhões.

Petrobras ON subiu 4,79% e Petrobras PN, 5,01%, influenciadas pela alta do petróleo. Em Nova York, o barril do petróleo avançou 4,49%, para US$ 127,79, empurrado pelo enfraquecimento do dólar nos mercados internacionais de moedas.

As declarações do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, sinalizando uma possível elevação no juro na zona do euro e o rebaixamento dos ratings das seguradoras de bônus americanas MBIA e Ambac pressionaram o dólar para baixo e com isso levaram o petróleo para cima.

As bolsas americanas também fecharam em alta. O índice Dow Jones avançou 1,73%, o S&P teve ganho de 1,95% e o Nasdaq subiu 1,87%, favorecidos pelo dado positivo de vendas da gigante Wal-Mart, pelo declínio no número de pedidos de auxílio-desemprego na semana e pela notícia de que a Verizon concordou em adquirir a Alltel.

A alta de parte dos metais básicas - alguns deles recuaram — levou Vale e siderúrgicas para cima. Vale ON subiu 4,45% e PNA, 4,23%. Gerdau PN, terceira maior alta do Ibovespa, registrou variação de 7,21%. Metalúrgica Gerdau PN, +6,83%, CSN ON, +6,94%, Usiminas PNA, +3,63%.