| 09/06/2008 16h33min
O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, afirmou nesta segunda-feira que último aumento da taxa de juros foi tomado para conter a alta da inflação. Em reunião ministerial que iniciou nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, defenderam a política monetária e apresentaram estimativas de mercado garantindo que o país cumprirá sua meta de inflação.
A meta brasileira é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, se a inflação ficar em 6,5% ainda estará dentro da meta.
— Ministro Guido e Meirelles disseram que estamos no caminho correto. O último aumento de juros foi uma ferramenta para manter inflação sob controle — comentou Múcio.
Mantega ainda disse aos colegas que o mercado prevê que em 2009 e 2010 o Brasil conseguirá cumprir o centro da meta inflacionária.
Segundo auxiliares do presidente que estão participando da
reunião, Mantega apresentou um quadro
demonstrando que apenas Brasil e Canadá estão conseguindo cumprir suas metas de inflação para esse ano. No caso brasileiro, um pouco acima do centro da meta, que é de 4,5%. Já os canadenses estão até abaixo da meta.
Crescimento
Segundo relato desses auxiliares, Meirelles disse que os dois aumentos da Selic não vão comprometer o ritmo do crescimento.
— Estamos tomando medidas para sustentar o ritmo de crescimento que é compatível com a necessidade de redução das desigualdades — disse o presidente do BC.
Meirelles não falou sobre a necessidade de novos aumentos, se referiu apenas a medidas já adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), segundo Múcio.
Bolsa Família
Durante a reunião, Mantega mostrou um diagnóstico aos colegas sobre o impacto da inflação sobre as classes mais pobres da população. Segundo ele, esse grupo de
brasileiros sofre com uma inflação de até 8%.
Por isso, o ministro do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, Patrus Ananias, está pedindo ao presidente que reajuste o benefício da Bolsa Família. O ministro pede que os valores da Bolsa Família sejam reajustados em pelo menos 6%.
Segundo auxiliares do presidente, ele concorda com Patrus e quer um aumento do benefício para compensar os mais pobres que estão sofrendo com a alta dos alimentos.
As informações são do site G1.
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