| 28/05/2008 08h21min
A principal central sindical da Argentina denunciou nessa terça-feira, dia 27, uma "escalada desestabilizadora" do setor agropecuário, que mantém há mais de 70 dias uma queda-de-braço com o governo por rejeitar o esquema de impostos móveis para as exportações de grãos.
"Os trabalhadores observam perplexos a persistência da escalada desestabilizadora, onde coexistem representantes da alta e média oligarquia, as empresas que monopolizam os meios de comunicação, os 'profetas do ódio' e a maioria dos dirigentes opositores", assinalou a Confederação Geral do Trabalho (CGT).
A central sindical defendeu em comunicado que "todos eles - e sua idéia de país sectário e egoísta - foram derrotados pelo povo nas urnas em 28 de outubro", em alusão às eleições que levaram à Presidência Cristina Kirchner.
O comunicado conta com a assinatura do secretário-geral da CGT, Hugo Moyano, que apóia Cristina e seu marido e ex-presidente, Néstor Kirchner. Nele, Moyano relacionou os protestos das patronais agropecuárias com os defensores dos "golpes de Estado de 1955 e 1976".
A nota acrescentou que "é tanto seu egoísmo e seu desprezo pelas maiorias populares que iniciaram a disputa só porque uma empresa de consultoria estrangeira recomendou, pagando cifras milionárias e que pretende maquiar um 'protesto setorial' gerando uma escalada golpista".
Após afirmar que os "trabalhadores organizados estão comprometidos com este projeto de nação", a central operária também expressou seu apoio ao "convênio social" impulsionado pelo governo.
"Com esse compromisso, com essa convicção e com nossa história de luta, vamos ganhar as ruas de nossa pátria para defender a democracia, e para defender este, nosso governo nacional e popular, se estes desestabilizadores oligarcas continuarem provocando o povo argentino", concluiu.
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