Produtores rurais argentinos que mantinham estradas e rodovias bloqueadas como parte de protestos contra um pacote de impostos aceitaram liberar o tráfego em alguns pontos nesta sexta, dia 28. A medida foi imposta pelo governo argentino como condição para que houvesse negociação com a categoria.
 
Cerca de 300 piquetes foram total ou parcialmente liberados como uma demonstração de "boa vontade" para que o governo apresente medidas concretas. Com a liberação dos caminhões que estavam retidos durante os últimos 15 dias, os diretores do Mercado Central já anunciaram a volta da comercialização de frutas e verduras a partir deste sábado.

Comunicado divulgado pelas quatro principais organizações agropecuárias argentinas na quinta-feira afirma que "se a greve continuar, o que hoje é escassez momentânea se transformará em desabastecimento". As entidades pediram ao governo "um momento de reflexão" porque "o campo está disposto a conciliar posições para evitar maiores danos aos afetados pela greve".

Na Rodovia 14, também chamada de Rodovia do Mercosul, os agricultores decidiram manter os bloqueios para os caminhões contendo carga agropecuária e liberar os demais veículos. Essa liberação parcial vai durar somente até o fim da tarde, prazo para que o governo apresente uma medida concreta aos pequenos e médios produtores. Se nenhuma proposta for apresentada, os agricultores de outras regiões vão voltar a fechar totalmente as estradas.