| 06/03/2002 22h20min
O presidente argentino, Eduardo Duhalde, determinou nesta quarta-feira, dia 6, a seus ministros, que ativem os mecanismos que incrementam as relações bilaterais com o Mercosul. A ordem, segundo o porta-voz presidencial, Eduardo Amadeo, concentrar-se em medidas para aumentar o comércio dentro do Mercosul, verificar as possibilidades de eliminar barreiras alfandegárias e não-alfandegárias, que atualmente dificultam o comércio entre os dois países, além da eliminação de licenças não-automáticas.
Quando governador da província de Buenos Aires (1991-1999), em diversas ocasiões Duhalde protestou contra as vantagens fiscais oferecidas por municípios brasileiros que incentivariam o "êxodo" de empresas argentinas. Desde que assumiu como presidente, há dois meses, Duhalde passou a fazer declarações favoráveis ao Mercosul. Das exportações argentinas, 27% vêm para o Brasil. Os setores de laticínios e trigo são quase totalmente dependentes do Brasil.
Reunidos nesta quarta-feira, com o ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, empresários do Grupo Brasil – integrado por empresas com investimentos na Argentina – disseram que vão fazer suas apostas de longo prazo no país.
– Agora é o momento, a Argentina pode decolar. Estamos na Argentina para fazer investimentos de longo prazo – explicou Elói Rodrigues de Almeida, presidente do Grupo Brasil.
Participaram do encontro diretores de Varig, Pluma, Banco do Brasil, Banespa, Randon, Itaú, Petrobras, TAM, Embratel, Brastex e Marcopolo, entre outras.
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