| 02/07/2008 03h50min
A Bolsa de São Paulo (Bovespa) ganhou em maio mais de 400 mil novos investidores que estão enfrentando o primeiro grande teste no mercado de ações.
Quem se animou com a valorização de 467% obtida pela bolsa brasileira entre 2003 e 2007 viu o sinal se inverter ontem, quando o principal índice do mercado local, o Ibovespa, caiu 2,49%, acumulando perda de 0,76% este ano. Para onde foi tanta exuberância?
Segundo especialistas, a bolsa brasileira está entre as que menos sofreram até agora com os 10 meses de turbulência no mercado mundial. O Brasil está com indicadores saudáveis, renda e consumo internos em alta e, há dois meses, recebeu carimbo de bom pagador - o investment grade - das agências internacionais.
São fatores que contribuem para que os papéis das empresas negociados na Bovespa conservem sua atratividade e evitem grandes prejuízos. Apesar disso, a tendência é de que o sobe-e-desce perdure nos próximos meses, já que as principais causas de
inquietação não dão sinais de que irão
desaparecer (veja quadro). Seria o momento de procurar investimentos mais seguros?
Sempre que confrontados com essa pergunta, os conselheiros de investimentos e profissionais com experiência no mundo financeiro recomendam um exame atento das particularidades de cada investidor.
- Se a pessoa entrou na bolsa pensando que era só ganhar e, além disso, vai precisar do dinheiro para uma despesa inadiável, talvez seja o caso de vender, mesmo que isso signifique perda. Mas é um extremo. O melhor é esperar a tempestade passar porque o Brasil tem grande potencial para sair dessa mais forte - diz o professor de finanças do Ibmec Ricardo Almeida.
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