| 26/05/2008 10h18min
O Brasil terá dificuldades para elevar os atuais níveis de crescimento econômico se não conseguir aprovar reformas importantes, como a tributária e previdenciária. Para a diretora da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), Lisa Schineller — a mulher que ajudou a promover o país ao grau de investimento — daqui para a frente o maior desafio do governo é melhorar a política fiscal, atrair mais investimento e expandir a atividade econômica.
— Nossa avaliação é que nas condições atuais o nível de crescimento sustentável do País ficará entre 4% e 4,5% — disse.
— O Brasil ainda não tem habilidade de crescer 5,4% por ano — completou.
Ela reconhece que a parte fiscal é um dos pontos mais fracos do rating do Brasil.
— Uma redução mais profunda teria um impacto mais favorável no ritmo de crescimento e facilitaria um nível maior de investimento. As reformas podem ajudar o País a ter uma economia mais forte."
Apesar da elevada dívida, Lisa esclarece que
a S&P concedeu o grau de investimento pela combinação de uma série de outros indicadores, como a "impressionante" melhora da vulnerabilidade externa, compromisso de uma política pragmática fiscal e monetária e nível de crescimento mais sustentável.
Além disso, há maior segurança para o investidor de que o governo tem capacidade de honrar compromissos, avalia Lisa, que acompanha o rating do Brasil há nove anos.
— Em quase uma década de política consistente na parte macro, as mudanças foram surpreendentes, com inflação baixa e melhora nas contas fiscais e externas.
Tudo isso foi levando em conta no momento de inserir o Brasil no clube de países considerados mais seguros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.