| 29/04/2008 17h25min
O dólar contrariou as expectativas de analistas e não partiu para uma acomodação nesta segunda-feira, após a alta superior a 1% registrada ante o real ontem. Os investidores que apostaram na valorização da divisa americana entraram firmes no mercado doméstico de câmbio para puxarem ainda mais para cima a cotação e a moeda assumiu, novamente, a rota ascendente desde o início do dia.
No fechamento, o dólar retomou os níveis apresentados no início deste mês, quando a moeda americana era negociada acima de R$ 1,70. No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial subiu 1,07% e fechou cotado a R$ 1,706. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista teve alta de 0,98%, a R$ 1,704.
Com a liquidez travada no exterior pela espera em relação à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), o dólar teve espaço para seguir em recuperação ante o real nesta véspera de definição da Ptax (taxa de câmbio de referência do BC) de fim de
mês. A expectativa é de
que o Fed corte o juro em 0,25 ponto porcentual para 2% ao ano.
Na opinião de analistas, a grande questão é se a autoridade monetária aproveitará a oportunidade para sugerir que o recente ciclo de cortes, iniciado em setembro do ano passado, será interrompido.
Internamente, os dados de inflação divulgados hoje continuaram dando argumentos para a atuação preventiva do Banco Central no sentido de apertar a política monetária, o que poderia atrair fluxo de curto prazo voltado a operações de arbitragens (que buscam ganhar com a diferença entre as taxas de juros interna e externa), mas afastaria os investimentos necessários para manter a expansão de longo prazo da economia.
Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em abril subiu 0,69%, em comparação com a alta de 0,74% apurada pelo índice em março.
Nesta segunda-feira, o Banco Central interveio no mercado
de câmbio, com o anúncio do leilão de compra de
dólares. A autoridade monetária pagou taxa de corte de R$ 1,7073 no leilão. Segundo um operador, o BC aceitou duas propostas, de um banco, entre seis propostas (de quatro bancos) com taxas declaradas, que iam de R$ 1,7066 a R$ 1,7085. Treze instituições participantes não informaram as taxas apresentadas.
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