| 17/09/2007 05h12min
Detido em Mônaco no sábado, o ex-banqueiro Salvatores Cacciola deverá enfrentar a primeira audiência judicial às 11h (horário de Brasília) desta segunda-feira, informa hoje o jornal Folha de S.Paulo.
Tanto o governo federal quanto o advogado de Cacciola no Brasil, Carlos Ely Eluf, consideram a sessão de decisiva para um eventual processo de extradição do ex-banqueiro que está foragido da Justiça brasileira desde 2000.
O juiz pode decidir por prendê-lo para fins de extradição, liberá-lo por entender que os crimes dos quais Cacciola é acusado no Brasil não foram cometidos em Mônaco ou ainda mantê-lo detido para dar um prazo maior para que as autoridades brasileiras justifiquem o pedido de extradição.
Cacciola está detido em um comissariado (delegacia) em Mônaco, sob responsabilidade da Interpol. Em 2005, ele foi condenado à revelia a 13 anos de prisão por gestão fraudulenta, corrupção passiva e peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de
dinheiro). A Polícia Federal o
considerava o principal procurado do país e, por isso, emitira em 2000 um pedido de prisão internacional para a Interpol.
O Brasil ainda não enviou representantes da Justiça à Europa. O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., agendou uma conversa telefônica com a Interpol para saber dos detalhes da detenção. Tuma Jr. disse ter recebido do ministro da Justiça, Tarso Genro, orientação para "fazer tudo que pudesse" para avançar com o caso.
Com esse objetivo, o governo brasileiro enviou ontem uma nota oficial comunicando às autoridades do principado que o Brasil tem interesse na prisão de Cacciola. Do Ministério das Relações Exteriores, a nota segue para a Embaixada do Brasil em Paris e, então, para a Embaixada de Mônaco na França -porque o Itamaraty não tem representação no principado.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.