| 25/09/2009 18h52min
Depois de anunciado pelo governo, o zoneamento da cana-de-açúcar promete render ainda mais polêmica no Congresso Nacional. Parlamentares ruralistas pretendem contestar a proposta.
O principal problema do zoneamento, na opinião dos ruralistas, é a proibição do plantio de cana na bacia do Alto Paraguai, o que impede investimentos nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A bancada ruralista está com uma lista de emendas pronta para questionar o projeto encaminhado pelo governo ao Congresso, na última semana.
— Não há motivo para restringir a produção de cana nessas áreas. A Embrapa aprova tudo que é agricultura lá, a cana é mais ou menos degradante do meio ambiente que outra cultura. Ao contrário, a cana seqüestra muito mais carbono que o cerrado que está lá — avalia o senador Gilberto Goellner (DEM-MT).
Outra reclamação da bancada ruralista é a determinação para que as lavouras de cana optem por áreas que não precisem de irrigação. Para o governo, o projeto é resultado de consenso entre governos estaduais e produtores e representa uma ferramenta estratégica na conquista de novos mercados.
— Esse zoneamento é um selo verde para o nosso etanol. E nós colocamos a frente de qualquer outro interesse, de interesses ainda que legítimos desse ou daquele estado, desse ou daquele setor econômico, o interesse do país. Os interesses associados à meta de até 2017 duplicar a produção de etanol, mas ao mesmo tempo preservando o meio ambiente e garantindo a segurança alimentar — completa Goellner.
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