| 13/07/2009 16h53min
Diplomatas brasileiros participam do Programa de Imersão no Agronegócio. Há uma semana, eles estão fazendo visitas técnicas em locais que garantem a excelência do produto agrícola brasileiro, como laboratórios, propriedades e usinas. Nesta segunda, dia 13, os diplomatas conheceram o Laboratório Nacional Agropecuário de Campinas, o Lanagro, no interior de São Paulo.
O grupo com 24 diplomatas brasileiros passou por algumas das instalações do Lanagro. A ideia do programa, promovido pelos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, é fazer com que estes profissionais estejam mais preparados e informados sobre como funciona a produção agrícola do local. Com isso, fica até mais fácil defender algum produto do agronegócio quando a qualidade é questionada.
— Essas pessoas já nos ajudam lá fora hoje, e com esse conjunto de informações vão ter condições de nos ajudar mais ainda, mostrando a excelência do agronegócio nos seus países — diz o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio Marques.
— Na maioria dos países, se conhecia muito pouco a estrutura produtiva do Brasil. O setor produtivo cresce, o agronegócio ganha muito com isso. Eu acho que nós vamos ter grandes parceiros na abertura e nas vendas do mercado internacional — completa o superintendente Federal de Agricultura, Francisco Serigo Ferreira Jardim.
Victor Braioios é um dos diplomatas brasileiros na Rússia, país que recebe boa parte das exportações das carnes bovina e suína daqui. Para ele, que trata de assuntos veterinários e fitossanitários, visitas como esta ampliam o conhecimento sobre o setor.
— Eu estou aprendendo muito neste curso e me permite representar o Brasil de uma maneira mais sustentada, com conhecimentos mais sólidos e mais profundos da realidade brasileira. Até porque a distância geográfica do Brasil, às vezes dificulta que eu tenha um conhecimento profundo com os temas com os quais eu lido — explica Braioios.
O laboratório é um dos seis espalhados pelo país com a coordenação do Ministério da Agricultura para fazer trabalhos na área de sanidade animal, vegetal e fiscalização de insumos agropecuários. Só aqui, no ano passado foram analisadas mais de 21 mil amostras.
O Lanagro de Campinas é referência na América do Sul para o diagnóstico da doença de New Castle. O laboratório também faz o monitoramento da carne exportada, verificando, por exemplo, se há pesticida, anabolizante e resíduos de drogas veterinárias na carne.
O mercado europeu é o mais exigente. Uma missão vinda de lá esteve no laboratório no ano passado, e o estabelecimento recebeu uma avaliação totalmente positiva.
— Eles avaliaram a metodologia que nós estávamos utilizando aqui para contaminantes inorgânicos e a avaliação foi muito positiva, ou seja, nós conseguimos atingir os limites que eles estabelecem e isso nos deu uma garantia muito grande. Realmente ele demonstra que nossos técnicos estão capacitados sim e que podemos produzir trabalhos de excelente qualidade — conclui a coordenadora técnica da Lanagro, Maria de Fátima Martins Pinhel.
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