| 07/07/2009 09h06min
Assim como outros 700 funcionários da indústria de colheitadeiras da John Deere em Horizontina, no noroeste do Rio Grande do Sul, o operador de máquina Amauri Oliveira de Mattos, 46 anos, retornou nessa segunda, dia 6, para suas atividades na fábrica, confiante de que o pior da crise já passou.
Depois de dois meses de férias coletivas e licença remunerada – quando apenas peças de reposição eram fabricadas –, a atividade na produção de colheitadeiras está sendo retomada. Até o final do mês, a expectativa é que sejam produzidas em torno de nove máquinas por dia.
Mattos trabalha há 22 anos na John Deere em Horizontina. Desde outubro do ano passado, o que o experiente funcionário tem visto é um período de redução drástica na produção. O baixo número de pedidos levou a empresa a demitir cerca de 800 funcionários, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade.
A produção nos próximos meses, conforme nota divulgada pela empresa na semana passada, continuará lenta, pois não há aumento nos pedidos.
– Temos de torcer agora para os produtores procurarem novas colheitadeiras – disse Mattos.
Segundo balanço divulgado nessa segunda, dia 6, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas internas de máquinas agrícolas em junho deste ano chegaram a 4,2 mil unidades, 5,6% acima do mês anterior. Já o resultado do semestre ficou em 23,05 mil unidades, o que representa uma queda de 9,2% em relação a igual período do ano passado.
Mattos, que trabalha na John Deere há 22 anos, está feliz com a volta à fábrica
Foto:
Tiago Vianna, especial