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 | 24/06/2009 11h30min

Minc pede desculpas por chamar produtores rurais de vigaristas

Ministro se redime, mas esclarece que não mudou de opinião em relação à preservação do meio ambiente

Atualizada em 24/06/2009 às 14h20min

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, para explicar declarações feitas durante manifestação de agricultores familiares em que chamou representantes do agronegócio de “vigaristas”, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, avaliou nesta quarta, dia 24, que as expressão foi “inadequada” e não representa a opinião dele sobre os produtores rurais e a bancada que os representa no Congresso Nacional.

– Quero ir além do pedido de desculpas, quero dizer que não penso aquilo. As expressões foram realmente inadequadas. As pessoas eleitas pelo voto não podem ser tratadas por expressões como essa – afirmou.

Durante o Grito da Terra, realizado em maio em Brasília, além de chamar os grandes agricultores de “vigarista", Minc disse que eles “encolheram o rabinho do capeta para enganar os pequenos agricultores”. O ministro argumentou nesta quarta que “o calor da manifestação em cima de um carro de som é uma atenuante” para justificar os termos usados na ocasião.

– Todos aqui já subiram em carro de som e sabem que as pessoas se empolgam e vão além do que gostariam. E foi o que aconteceu – disse o ministro durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Segundo ele, os parlamentares usaram “expressões muito mais pesadas” em resposta às declarações. O ministro citou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que o comparou a traficantes do morro do Rio de Janeiro.

Minc disse que o pedido de desculpas não significa que ele tenha mudado de posição em relação ao papel da grande agricultura na preservação do meio ambiente.

– Deve ser feito o reparo necessário que os deputados merecem, mas isso não significa que me humilhei ou me acovardei. Acho que disso tudo deve sair uma base boa para retomar o diálogo sobre o o Código Florestal – acrescentou. 

AGÊNCIA BRASIL, COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA CÂMARA

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