| 04/06/2009 10h11min
A discussão sobre o etanol deixou de ser doméstica e passou a ser internacional. Foi o que afirmou o diretor executivo da União Brasileira de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão. No último dia do Ethanol Summit 2009, em São Paulo, o clima era de otimismo, quando foi discutida a urgente necessidade de expansão de um mercado global do biocombustível.
Eduardo Leão comemorou o grande número de participantes estrangeiros no evento. Segundo ele, isso mostra que diferentes países já perceberam que o etanol de cana-de-açúcar é a melhor maneira para diminuir o aquecimento global. O diretor da Unica disse que a tendência é que o Brasil ganhe novos mercados com isso.
Nos Estados Unidos, o programa de etanol do país deve elevar a meta de consumo para 140 bilhões de litros até 2022, seis vezes mais do que a demanda atual.
Durante o evento, representantes norte-americanos afirmaram que já há um plano conjunto com o Brasil para a criação de novos produtores de biocombustíveis. A prioridade inicial foi pesquisar países na América Central e Caribe.
De acordo com Leão, o projeto é essencial para formar um mercado forte de etanol. Ele diz que os países compradores só vão investir e se interessar pelo produto se tiverem a garantia de que vão receber regularmente.
O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, avaliou que as usinas brasileiras já começam a apresentar sinais de recuperação. Segundo ele, o setor não perdeu o otimismo com a crise financeira, e o fortalecimento das usinas pode ser acelerado pela consolidação.