| 02/06/2009 17h08min
A instalação da CPI da Petrobras é algo inevitável e consumado na avaliação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Ele fez a afirmação no plenário do Senado, em reação a uma manobra política dos senadores da base do governo que evitou a instalação da sessão inicial da CPI nesta terça-feira por falta de quórum.
As afirmações de Dias engrossam as manifestações feitas momentos antes pelos senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Agripino (DEM-RN) na mesma linha.
— Por mais força que possa ter a maioria, a CPI será instalada — disse Dias, referindo-se aos três membros de oposição na CPI contra oito da base governista.
— Não queremos dar trabalho ao STF (Supremo Tribunal Federal) — continuou.
Dias aproveitou para argumentar que a oposição não tem intenção de desestatizar a Petrobras. — Aqui não há ninguém querendo privatizar a Petrobras, ou comprometer seus investimentos — garantiu.
Na sequência, o senador Papaléo Paes
(PSDB-AP) se pronunciou no plenário, argumentando que a
manobra governista volta a ferir a imagem do PT.
— O governo vem usando a doença da Dilma a todo momento — afirmou, referindo-se ao tratamento de câncer realizado pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Paes finalizou o discurso afirmando que existe "um grupo de picaretas" manchando a credibilidade da Petrobras.
— É preciso que se tire o núcleo político da estatal — defendeu.