| 11/05/2009 18h06min
O presidente da OAB-RS defendeu na tarde desta segunda-feira a quebra do segredo de justiça em relação aos processos e investigações que envolvem integrantes do governo do Estado. Neste final de semana, a Revista Veja divulgou que gravações entre Lair Ferst e Marcelo Cavalcante confirmariam o uso de caixa 2 e desvio de recursos durante a eleição para o governo do Estado.
O presidente da entidade Cláudio Pacheco Prates Lamachia disse que, se não houver uma resposta rápida do Ministério Público Federal, Justiça Federal de Santa Maria e Polícia Federal sobre as diversas denúncias que pesam sobre membros do governo gaúcho, o caminho para esclarecer os fatos poderá ser uma CPI:
— Se não houver uma resposta rápida das instituições, uma CPI poderá ser necessária. O clima de permanente suspeição não é mais possível — frisou.
Lamachia argumentou, durante encontro com os deputados Elvino Bohn Gass (PT), Paulo Azeredo (PDT) e Cássia Carpes (PTB), que não há
razão para manter o sigilo, uma vez
que tanto os processos quanto as pessoas envolvidas já são de conhecimento público.
— O sigilo está trazendo mais prejuízos e alimentando dúvidas — justificou.
A reunião com a direção da OAB é primeira de uma série que os deputados irão realizar nos próximos dias em busca de apoio da sociedade para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito na Assembleia Legislativa para apurar denúncias contra o governo do Estado.
— A constante negativa da governadora em prestar esclarecimentos sobre denúncias graves cria um ambiente institucional de crise permanente e de paralisia. É preciso esclarecer os fatos de forma vigorosa para que o Rio Grande recupere a tranqüilidade — afirmou Bohn Gass.
Nesta terça-feira, a bancada petista deverá iniciar a coleta de assinaturas para protocolar o requerimento de abertura da CPI. As informações são da Assembleia Legislativa.