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 | 06/03/2009 07h38min

Céticos sobre aquecimento global devem polemizar conferência de Nova York

Entre novas teorias, uma defente que a humanidade é impotente diante das mudanças climáticas

Uma conferência a ser realizada a partir deste domingo, dia 8, em Nova York, nos Estados Unidos, promete elevar a temperatura da controvérsia entre cientistas que acreditam no aquecimento global e a crescente corrente que nega os efeitos da ação humana sobre o clima planetário.

Organizada com a intenção de reunir e fortalecer o grupo dos “céticos”, os pesquisadores que procuraram caracterizar os alertas sobre a elevação da temperatura no mundo como alarmismo infundado, a 2ª Conferência Internacional sobre Mudança Climática conta com inscrições de 800 cientistas, economistas, legisladores, ativistas políticos e jornalistas até terça-feira. Com um público esperado 60% superior ao da primeira edição, a conferência marca um avanço dos descrentes sobre um terreno que o Painel Intercontinental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), principal divulgador dos riscos de colapso ambiental, até recentemente ocupava quase sozinho.

– Pena que não poderei ir, mas vários cientistas importantes estarão lá – diz um dos principais representantes brasileiros entre os céticos, o doutor em Meteorologia e professor da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion.

Durante três dias, Nova York deverá ouvir discursos defendendo que a ação humana não é capaz de interferir no clima global. Uma corrente mais moderada dos céticos admite que a atmosfera está mais aquecida do que o normal, mas isso se deve a fatores cíclicos e naturais como a temperatura do Oceano Pacífico, que ocupa 35% do globo, e a atividade solar. Outra, mais radical, defende que o planeta está ingressando na verdade em uma fase de resfriamento, após o Pacífico ter se mantido por quase 30 anos mais quente do que o normal.

– O aquecimento de fato acabou em 1998, e desde então o Pacífico começou a esfriar lentamente. Além disso, a atividade solar deve ficar reduzida pelos próximos 15, 20 anos – garante Molion.

 

DIÁRIO CATARINENSE

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