| 23/09/2008 19h07min
Participantes da 20ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria, promovida nesta terça, dia 23, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), acreditam que a crise imobiliária norte-americana não afetará as previsões de investimento na área do pré-sal.
Segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, está garantido o apoio da instituição às atividades relacionadas à exploração de petróleo e gás na área do pré-sal.
– O BNDES está pronto para o pré-sal. Já estamos repassando crédito para construção de estaleiros e a indústria de equipamentos", disse. Coutinho afirmou ainda que os recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) também serão fundamentais para as obras de infra-estrutura para a indústria do petróleo.
Coutinho disse ainda que, até o momento, o montante de recursos para o programa ainda não está definido.
– Estamos definindo de acordo com as conversas interministeriais. Dêem tempo ao tempo porque as notícias boas irão surgir.
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), José Carlos de Lucca, disse que a crise norte- americana não prejudicará os investimentos previstos para exploração da camada de petróleo descoberta em novembro do ano passado.
– A indústria não será prejudicada porque temos recursos internos e externos. Não faltarão recursos para o pré-sal – afirmou.
Para o presidente do IBP, tanto o BNDES como os agentes externos vão dispor de reservas para investir na indústria de infra-estrutura do pré-sal.
– Os recursos externos derivados da poupança serão fundamentais para a taxa de investimentos. E estamos contando com o BNDES, que tem um peso importante no financiamento das obras – completou.
Já para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, os investimentos mais expressivos do pré-sal devem acontecer por volta de 2012, quando a crise terá passado. Segundo o presidente, as maiores obras começarão em 2015.
– Ainda estamos em fase de pesquisas. São, no mínimo, dois ou três anos para se definir projetos pilotos, testes dos campos. Até lá estaremos bem longe deste cenário. O pré-sal é um projeto de investimentos para 15, 20 anos – comentou Monteiro.
AGÊNCIA BRASIL