Marcelo Lara, Uberaba (MG)  |  reportagem@canalrural.com.br

O Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) já passou por diversas mudanças desde que foi criado e ainda não consegue resolver os problemas dos pecuaristas e ao mesmo tempo atender as exigências dos europeus. O que falta é unificar as informações de maneira uniforme em todos os Estados brasileiros. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aposta em um sistema desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte e Minas Gerais pode sediar o projeto-piloto.

Entrar para a lista da União Européia é um desafio para os pecuaristas. Minas Gerais é Estado que mais tem fazendas aprovadas para exportar, contando atualmente com 80, mas esta semana outras 43 devem fazer parte da seleção de quem fornece carne para os europeus.

O Estado tem um programa chamado Certifica Minas, que trabalha com o café, a cachaça e também com a rastreabilidade bovina. Isso possibilitou criar uma estrutura com 20 equipes treinadas para fazer as auditorias nas fazendas. O investimento para este ano, que inclui a compra de veículos, deve chegar a R$ 2 milhões e o foco é atender o mercado europeu.

As fazendas são reprovados geralmente por causa das divergências de informações do pecuarista com o serviço de rastreabilidade. No entanto, este entrave pode estar com os dias contados. Minas Gerais deve servir de modelo para um projeto-piloto desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do sul, a pedido do Mapa.

Representantes da Embrapa estiveram reunidos com o Instituto Mineiro de Agropecuária na Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba, que poderá ajudar no gerenciamento do banco de dados. Os técnicos apresentaram um software acessado através de um portal da internet que promete estruturar de vez o Sisbov.

Os próprios pecuaristas vão poder emitir a guia de transporte animal eletrônica em ualquer cidade do país. O sistema online vai acessar os bancos de dados de todos os órgãos de defesa sanitária, não importando o tipo de programa usado nos Estados.

A GTA só vai ser liberada se o pecuarista estiver em dia com todas as exigências sanitárias, quando é emitido o boleto de pagamento. Trata-se de um gerenciamento total de cada propriedade, incluindo visualização com imagens de satélite.

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