| 09/06/2008 07h18min
Confusões e uma prisão marcaram mais um bloqueio nas estradas argentinas. Dessa vez, caminhoneiros fecharam a Ruta 8, na província de Córdoba, pedindo que as autoridades coloquem um fim aos protestos dos agricultores, que já duram três meses e atrapalham o trabalho das transportadoras.
Os produtores rurais reclamam da sobretaxa imposta pelo governo às exportações de grãos e classificam a presidente Cristina Kirchner de intransigente na negociação. A crise é a mais grave dos seis meses de governo da mulher de Néstor Kirchner, mas os argentinos também têm outras preocupações. A inflação voltou a subir, e a população se queixa que o poder aquisitivo caiu. O governo é acusado de maquiar os índices - dados dos órgãos estatísticos das províncias apontam que em várias regiões a inflação superou 3% em abril, enquanto o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos sustenta que o índice do mês passado foi 0,8%.
Além disso, a escassez de gás para aquecimento em pleno
inverno assusta, e há risco de
racionamento. A popularidade de Cristina, que era de 56% na posse, em janeiro, caiu para 26% atualmente.
Popularidade da presidente argetina Cristina Kircher caiu de 50% para 26% em função da crise
Foto:
Leo La Valle, EFE