| 27/05/2008 20h18min
A notícia da liberação do Paraná como área livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) deixou os produtores animados, mas cautelosos. O Estado calcula um prejuízo de mais de US$ 300 milhões com o embargo das exportações desde 2005 e acredita que pode retomar o volume de exportações até o final do ano, se nenhum outro problema ocorrer.
O PR teve mais de seis mil animais sacrificados em dezembro de 2005, depois que o Ministério da Agricultura decretou focos de aftosa no Estado, com base em provas sorológicas e pelo vínculo epidemiológico. O órgão de sanidade animal da União Européia suspendeu a compra de bovinos e suínos e buscou outros mercados.
Em 2005, o PR exportou quase 40 mil toneladas de carne bovina, com um faturamento de US$ 82 milhões. Com o anúncio da febre aftosa, o Estado perdeu mais de 30% do mercado internacional. A recuperação do status de área livre de aftosa com vacinação é uma boa notícia, mas mantém o setor em alerta.
Os suinocultores também foram afetados. Segundo a Associação Paranaense da categoria, 82% dos produtores independentes estão endividados até hoje. Para eles, o momento é de resgate do mercado pela qualidade mais do que pela quantidade.
Na época do embargo, pecuaristas e governo do PR tiveram divergências sobre a forma como o problema da aftosa foi conduzido. Para o presidente da Sociedade Rural do PR, Alexandre Kireff, agora é preciso cada um fazer a lição de casa.
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