| 26/05/2008 18h29min
A delegação brasileira que participou da 100ª Sessão do Conselho da Organização Internacional do Café (OIC), em Londres, recomendou ao Comitê de Estatística estudos da evolução e de perspectivas dos custos de produção de café dos principais países produtores. Representantes do governo brasileiro e da iniciativa privada do setor cafeeiro reuniram-se na capital inglesa entre os dias 19 e 23 de maio para debater as diretrizes para o café.
– O processo de evolução das cotações do petróleo no mercado internacional e, conseqüentemente, dos agroquímicos, impactou a rentabilidade dos 45 países produtores de café que compõem a OIC. A promoção do consumo nos países produtores e a elaboração de estudos estatísticos devem ser priorizadas no novo acordo internacional do café – ressaltou Thiago Masson, assessor do Departamento do Café (Dcaf) da Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE) do Ministério da Agricultura.
Durante o encontro o Comitê de Estatística da OIE propôs ao Brasil, principal produtor e exportador de café em grão, que promova cooperação técnica com os países africanos com dificuldade em buscar informações sobre produção e exportação de café. A delegação brasileira pediu à OIC detalhamento e formalização da proposta para submeter a sugestão à análise e deliberação das autoridades brasileiras.
Safra de café
De acordo com o último levantamento da atual safra de café elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deverá colher cerca de 45,5 milhões de sacas de 60 kg. Ao mesmo tempo, a OIC estima que a próxima safra mundial de café poderá chegar a 127 milhões de sacas, enquanto o consumo mundial do produto para este e para o próximo ano alcançará 125 e 127 milhões de sacas, respectivamente.
Em relação a 2007, o levantamento final promovido pela Organização Internacional do Café aponta que o mundo produziu 117 milhões de sacas e consumiu 122 milhões de sacas, com déficit de 5 milhões de sacas a ser administrado e suprido com estoques de anos anteriores.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA