| 23/05/2008 12h38min
A estimativa da renda agrícola para este ano é de R$149,5 bilhões. O resultado é 17% maior em relação ao ano passado (R$127,7 bilhões) e, segundo o Ministério da Agricultura, o melhor da história. Levantamento mensal desenvolvido pelo Mapa mostra ainda que a soja é a principal responsável pela alta.
O valor calculado pelo ministério é, na verdade, o valor bruto da produção, pois leva em conta apenas o volume produzido e os preços, deixando de lado os custos agrícolas. Entre os 20 produtos avaliados, 14 deverão ter aumento da renda este ano, e apenas seis devem fechar em queda.
A soja é o produto que mais influenciou o resultado, e deve passar de R$ 32 bilhões para mais de R$ 42 bilhões em 2008. Fora a oleaginosa, os produtos que mais apresentaram aumento de renda foram o feijão - com alta de 95% - , o café (48%), a cebola (40%), o amendoim (39%) e o milho (35%)
Segundo o coordenador de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, este cenário é resultado de uma combinação de dois fatores:
– Os dois principais fatores que estão contribuindo para esse aumento é que esse ano a produção está sendo maior (a produção de grãos este ano é bastante elevada, superior a do ano passado, em 7,2%) e os preços este ano estão num patamar acima dos preços do ano passado.
Segundo o governo, a renda agrícola brasileira não deve mais voltar aos antigos patamares. Isso porque os estoques mundiais de alimentos estão baixos, a demanda por produtos agrícolas deve continuar aquecida, e a produção dos biocombustíveis deve seguir pressionando os preços.
O Ministério da Agricultura atribui o bom momento do agronegócio também aos avanços tecnológicos.
– A produtividade este ano está sendo um fator decisivo no aumento da produção, porque não houve uma grande expansão de área. O aumento de produção é um aumento decorrente principalmente ao aumento de produtividade – explicou José
Gasques.