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 | 16/05/2008 10h46min

Figueira se consolida como exportador de talentos da base

Venda de Felipe Santana confirma a nova vocação alvinegra

Luciano Smanioto  |  luciano.smanioto@diario.com.br

A transferência do zagueiro Felipe Santana para o Borussia Dortmund (Alemanha), confirmada nesta quinta-feira pelos dois clubes, reforça uma situação que vem se consolidando desde que o alvinegro voltou à Série A do Campeonato Brasileiro. Desde 2002, a cada temporada o clube vem exportando jogadores formados nas categorias de base. O Japão já foi o maior mercado consumidor das jovens revelações do Furacão e ultimamente foram abertas as portas da Europa.

A lista de nomes made in Scarpelli que ganharam o mundo nesta fase é encabeçada pelo meia Oliveira. Em 2002, no ano que marcou o retorno alvinegro à Série A, o garoto foi negociado com o FC Tokyo, do Japão. No ano seguinte, o Figueirense revelou o meia Fernandinho, baixinho habilidoso que se transferiu para o Gamba Osaka, do Japão, depois de uma "ponte" no São Caetano. Ele continua no Japão, onde defende o Shimizu Pulse.

Em 2004, a safra de revelações contou com o lateral-esquerdo Filipe, negociado com o Ajax (Holanda), e que depois ainda vestiu a camisa do Real Madrid "B" (Espanha), antes de chegar ao clube atual, o também espanhol La Coruña. Além dele, o atacante Roberto também ganhou um contrato no exterior, com o Albirex Niigata (Japão).

A partir da saída de Filipe, todos os anos algum clube europeu busca jogadores no Figueirense.

— Essa situação é fruto do trabalho nas categorias de base — pondera o vice-presidente de futebol Thiago d'Ivanenko, que até pouco tempo era o comandante da base alvinegra.

Talento na base

Outro que está vibrando com o momento que vive o Figueirense é o técnico dos juniores, Rogério Micale. Ele é um dos "caça-talentos" do clube, um daqueles profissionais de olho treinado para identificar jovens promessas que podem se transformar em bons jogadores. Este ano, comandou o time na campanha do título da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Uma equipe que deu sua contribuição para a política "tipo exportação". O meia Talhetti e o atacante Marquinhos Júnior (se apresentou nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, onde a equipe sub-19 se prepara para dois amistosos no Canadá) foram convocados para a Seleção, vitrine maior dos clubes brasileiros no exterior; já o zagueiro Rafhael, o lateral Wiliam Massari e o goleiro Gustavo fazem estágio no Porto, clube de Portugal que levou o zagueiro Edson, no ano passado, por empréstimo.

— Eu olho para trás e vejo estes jogadores se destacando e fico muito contente, é um sinal de que o trabalho está sendo bem feito e está muito próximo do que eles consideram ideal lá fora. Os jogadores saem daqui preparados tecnicamente, taticamente, psicologicamente, o que facilita a adaptação. E vêm mais por aí, outras situações estão para acontecer — avalia Micale.

Wellington Amorim é liberado

Sem poder contar com Felipe Santana, nem com Tiago Prado (machucado), o técnico Alexandre Gallo deve optar por Bruno Perone para compor a defesa do time que encara o Coxa, domingo, pelo Brasileiro. O treinador comandou mais um treino fechado, nesta quinta, no Centro de Formação e Treinamento (CFT) do Cambirela, em Palhoça. Wellington Amorim, que machucou o tornozelo, foi liberado e disse que está pronto para jogar.

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