A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que pediu para deixar a pasta por entender que há a necessidade de um novo acordo político para garantir o desenvolvimento e a preservação do meio ambiente do país. Ela fez a afirmação em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, dia 15.
 
– É fundamental que tenhamos avanços. Que não tenhamos retrocesso – destacou a ex-ministra.
 
Marina Silva revelou que a decisão de sair foi dolorosa, mas afirmou estar tranqüila e ciente de que contribuiu com a agenda ambiental do país. A ex-ministra negou que seu pedido de demissão tenha sido motivado por uma divergência pessoal com o ministro Mangabeira Unger, indicado para coordenar o Plano Amazônia Sustentável.
 
Segundo ela, havia uma estagnação da atual política ambiental do país. Para Marina Silva, deixar o Ministério do Meio Ambiente não significa, necessariamente, uma derrota.

– É com o tempo que a gente sabe se foi uma derrota ou pode ter sido uma conquista.

Sucessor

Marina Silva disse conhecer bem o sucessor dela no Ministério, Carlos Minc, que deixa a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro para integrar o primeiro escalão do governo federal. Ela contestou a tese de que Minc não saberia lidar com os problemas da Amazônia por não ser da região.

– Não faria essa simplificação de que o ministro não pode contribuir porque não é da Amazônia. Somos uma equipe. A escolha de Carlos Minc qualifica esse processo.