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 | 29/04/2008 08h07min

Roberto Rodrigues critica moratória para produção de etanol

Para ex-ministro, medida atrasa desenvolvimento mundial

Raphael Salomão/Ribeirão Preto  |  reportagem@canalrural.com.br

A Organização das Nações Unidas demonstra uma visão precária ao propor uma moratória de cinco anos para a produção de etanol. A opinião é do presidente do Conselho Consultivo da Agrishow, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que rebateu, durante o Bom dia Campo, nesta terça-feira, dia 29, a tese defendida pelo relator da ONU para o Direito a Alimentação, Jean Ziegler.

– O que a ONU está propondo é uma moratória para o desenvolvimento do planeta. A agroenergia pode ser um fator que muda a geopolítica mundial porque vai permitir que países tropicais, em desenvolvimento, ganhem mais e avancem mais – disse Roberto Rodrigues.

Ele reafirmou que essa concorrência sobre a produção de alimentos e de bioenergia não se aplica no caso brasileiro.

– O Brasil tem um espaço que não pode ser perdido e nesse espaço estão os biocombustíveis. A safra de grãos é recorde e a safra de álcool também é recorde de modo que está claro no caso brasileiro que não há concorrência, mais uma sinergia.

Agrishow

Neste segundo dia de Agrishow 2008, em Ribeirão Preto, está prevista uma visita do governador de São Paulo, José Serra. A expectativa é de que sejam anunciadas medidas para incentivar o agronegócio no estado.

Faz parte da programação da feira também o anúncio do levantamento da safra de cana-de-açúcar, feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a Conab, os números indicam safra recorde. A Companhia lança também um estudo sobre o mercado sucroalcooleiro nacional que aborda, entre outros temas, a mão-de-obra no setor e o uso do bagaço da cana na geração de energia.

CANAL RURAL
Agrishow em Números
* Dados estimados para a atual edição
Ano Expositores
(total/estrangeiros)
Visitantes Faturamento
2008* 745/45 135.000 R$ 800 milhões
2007 660/30 140.000 R$ 710 milhões
2006 700/60 115.000 R$ 500 milhões
2005 640/80 145.000 R$ 760 milhões
2004 604/80 155.000 R$ 1,3 bilhão
2003 540/60 140.000 R$ 1,2 bilhão
2002 450/60 135.000 R$ 1 bilhão
2001 450/60 130.000 R$ 800 milhões

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