| 11/04/2008 16h12min
Com a alteração do sistema de consulta de embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o número de propriedades embargadas no Mato Grosso passou de 1200 para 410. Entre as áreas que saíram da lista está a empresa do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, e a empresa de alimentos Bunge.
Segundo o Ibama, a relação anterior apresentava tanto as áreas embargadas, resultado das operações contra o desmatamento, quanto outros embargos que incidem sobre empresas e não propriedades. Agora, o sistema permite diferenciar esses dois tipos de embargo. A Bunge e a empresa de Maggi estão incluídas na categoria "outros embargos", que se refere às empresas. Até o momento, o Mato Grosso aparece com 1219 registros, sendo 410 de áreas embargadas.
Pesquisa
O sistema de consultas online de áreas embargadas foi lançado pelo instituto na última quarta-feira, como parte do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Amazônia. A proposta é tornar a informação pública para que o cidadão tome conhecimento de quem desmata a Amazônia.
Contudo, a divulgação da lista gerou dúvida por parte de ambientalistas e de jornais locais, que temiam uma revisão da lista devido a pressões políticas no Mato Grosso. Desde o começo da Operação Arco de Fogo, ação da Polícia Federal em parceria com o Ibama, o instituto sofre forte pressão do governo local, devido à divergência nos índices de desmatamento utilizados. Na última sexta-feira o órgão foi bastante criticado em reunião com lideranças locais, que apontaram erros na lista de áreas embargadas.
AMAZONIA.ORG