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 | 31/03/2008 06h39min

Produtores rurais têm expectativa de novo pacote para dívidas nesta segunda

Reunião em Brasília pode marcar solução para endividamento

Patrícia Meira  |  patricia.meira@zerohora.com.br

Se o governo federal não apresentar nesta segunda-feira, dia 31, uma proposta "convincente" para o endividamento rural deve se preparar para enfrentar problemas com a bancada ruralista no Congresso.

Na prática, os parlamentares ameaçam trancar a pauta de projetos em votação na Câmara. O alerta partiu dos corredores da maior entidade do agronegócio no país, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O presidente da Comissão Nacional de Endividamento da CNA, deputado Homero Pereira (PR/MT), reforça a pressão dos deputados frente à insuficiência do pacote apresentado na terça-feira passada pelos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Integração, sob a liderança da Fazenda.

– Vamos articular com lideranças partidárias para que entrem nessa pauta. Não é justo que o setor mais competitivo da economia carregue um endividamento dessa magnitude – avisa Pereira.

Hoje, todos voltam à mesa de negociação para conhecer a versão final do pacote do governo federal, que poderá considerar parte das reivindicações do campo entregues na quinta-feira passada, porém considerado "exagerado" pela União. A contraproposta dos ruralistas mantém quatro pontos fundamentais para equacionar o passivo e recuperar a musculatura nas propriedades.

Os produtores querem prazo de até 17 anos para amortizar dívidas feitas com recursos de todas as fontes do crédito rural, a eliminação de distorções de débitos antigos, taxas de juros de 4% ao ano, em vez da substituição dos indexadores que corrigem os contratos, além da carência de pelo menos 12 meses entre a renegociação e o início do pagamento.

Segundo o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Onyx Lorenzoni (DEM), uma das principais preocupações é a concentração de uma conta de R$ 40 bilhões a vencer até 2011.

Quanto à correção das distorções, o principal desafio é fazer com que as operações voltem a ser consideradas como dívida rural.

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