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 | 31/01/2008 18h56min

Produtores querem reação do governo sobre embargo europeu

Representantes do setor querem que país apresente uma representação na OMC

Sônia Campo  |  reportagem@canalrural.com.br

Depois da suspensão das exportações de carne bovina para o mercado europeu, entidades do setor cobram do governo uma representação na Organização Mundial do Comércio (OMC). A suspensão das emissões do certificado sanitário internacional para as exportações de carne in natura para a Europa gerou no setor uma insatisfação com o posicionamento brasileiro. Se o impasse não for resolvido no prazo de 60 dias, representantes de associações e iniciativa privada querem que país apresente uma representação formal na OMC para questionar o embargo.

Pelo trâmite legal, o Brasil teria que fazer uma reclamação ao Comitê Sanitário da OMC na qual a União Européia ficaria obrigada a dar explicações. Se não houver um acordo, começa uma fase litigiosa onde historicamente o Brasil leva vantagem, como no caso do açúcar e do algodão. Mas por enquanto, o governo quer negociar. Já está prevista uma visita da União Européia a partir do dia 25 de fevereiro para a inspeção das fazendas consideradas aptas a vender para Europa.

No ano passado, o Brasil vendeu US$ 1 bilhão de carne in natura para o mercado europeu - 21% do total das exportações do setor. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, o Brasil é um dos que mais vende para a Europa partes nobres, como o filé mignon, contrafilé e picanha. Estes cortes temporariamente devem ficar mais baratos no mercado interno. Uma das estratégias dos frigoríficos será de apostar na exportação de carne cozida, que está livre do embargo europeu, priorizando o segmento de industrializados. Já os pecuaristas vão ter que se adaptar aos baixos preços pagos pelos frigoríficos.

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