| 17/12/2007 15h55min
De acordo com o Instituto Brasileiro de Vinho o ano de 2007 vai fechar com mais de 300 mil litros contra 86 mil exportados em 2000. Para atender às exigências externas, um decreto do Ministério da Agricultura permitirá que os produtores adeqüem os produtos às regras do país para onde será exportado. A partir do ano que vem, a bebida poderá ser produzida de acordo com a legislação, o uso e os costumes dos países importadores. Uma estratégia para ampliar o mercado.
– O vinho nacional está passando por uma fase considerável de melhoria de qualidade. Estão sendo usadas novas variedades de uvas, tem muita pesquisa e isso está melhorando muito o nosso produto que é cada vez mais reconhecido lá fora. Os espumantes são um caso típico de sucesso reconhecidos internacionalmente e alguns vinhos também – afirmou Graciane Castro, coordenador de vinho e bebidas do Ministério da Agricultura.
Com o decreto, o Ministério da Agricultura também quer dar mais rapidez na entrada do vinho estrangeiro. O documento prevê que as importações sejam analisadas por amostragem. Hoje para entrar no país todos os produtos derivados do vinho passam por análises laboratoriais.
– Eles ficam numa espécie de quarentena no depósito do importador até que nós tenhamos os laudos destes exames laboratoriais e a partir do resultado desses laudos que são repassados pelo Ministério da Agricultura para o importador os vinhos podem ser comercializados – disse Rafael Almeida, consultor de comércio exterior.
Uma instrução normativa vai definir os parâmetros de amostragem. O intervalo entre a colheita das amostras, de acordo com o tipo de produto e histórico de importação. O documento vai ser discutido em janeiro com os produtores nacionais e importadores de vinho.
– Nós nos sentimos melhor amparados agora por esse decreto porque nos podemos dirigir o trabalho que esses profissionais vinham fazendo numa análise com muito papel envolvido. Hoje eles vão ter a eficiência nesse pratica e poderão atender outros pontos críticos no que se referem à qualidade de vinho que nós importamos e nos que consumimos aqui no Brasil de produção nacional, inclusive – disse Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.
CANAL RURAL
A partir do século XX a elaboração dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnológico na viticultura e da enologia
Foto:
Ricardo Duarte
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Agência RBS