| 03/12/2007 20h08min
Entre dezembro de 2006 e novembro de 2007 as exportações brasileiras já somam US$ 158,684 bilhões. O resultado destes 12 meses supera a meta anual de US$ 157 bilhões prevista pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral. Segundo o secretário, as vendas brasileiras ao mercado internacional neste ano devem ficar entre US$ 159 bilhões e US$ 160 bilhões.
No mês de novembro as exportações somaram US$ 14,052 bilhões, com média diária de US$ 702,6 milhões. Pelo critério da média diária, esse é o terceiro melhor desempenho anual, sendo 18,1% maior que o volume registrado em novembro do ano passado. No mês, as três categorias de produtos registraram valores recordes para meses de novembro: manufaturados (US$ 7,528 bilhões), básicos (US$ 4,276 bilhões) e semimanufaturados (US$ 1,938 bilhão).
Em relação a novembro de 2006, houve crescimento das exportações das três categorias: básicos (+25,2%), manufaturados (+17,1%) e semimanufaturados (+7,4%). Os principais produtos que tiveram aumento da quantidade exportada foram: gasolina (+301,4%), óleos combustíveis (+235,1%), milho em grão (+183,2%) e aviões (+100%). A elevação de preço também foi verificada principalmente nas vendas de petróleo (+70,8%), milho (+60,6%), óleos combustíveis (+59,0%), gasolina (+52,3%) e óleo de soja em bruto (+51,8%).
As importações em novembro totalizaram US$ 12,025 bi e a média diária registrou novo recorde histórico: US$ 601,3 milhões. Em relação a novembro de 2006, quando as importações somaram US$ 8,658 bilhões, observa-se crescimento de 38,9%, com aumento de 47,1% das compras de bens de capital, 39,1% de matérias-primas e intermediários, 36,8% de bens de consumo e 31,9% de combustíveis e lubrificantes. De acordo com Barral, as importações no mês de novembro são bastante influenciadas pelas compras para o Natal.
O secretário ainda destacou o aumento das importações de bens de capital e insumos para a indústria, que juntos correspondem a 70,3% de toda a pauta.
– As importações não estão sendo feitas em detrimento da produção brasileira. Esse é um indício da renovação do parque industrial, o que é bastante positivo para o Brasil – avaliou.
O aumento das importações de bens de consumo foi creditado pelo secretário ao crescimento de 71,5% nas compras de automóveis, principalmente da Argentina, México e Coréia. O superávit do mês somou US$ 2,027 bi, menor valor mensal registrado no ano. Segundo o secretário, a forte performance das importações no mês foi a responsável pelo saldo comercial.
Acumulado
No ano, as exportações somam US$ 146,419 bilhões, valor 16,1% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e recorde para 11 meses. Também são recordes os valores exportados das três categorias: manufaturados (US$ 76,722 bilhões), básicos (US$ 46,719 bilhões) e semimanufaturados (US$ 20,007 bilhões).
Dentre os básicos, o principal destaque é a exportação de milho que acumula alta de 318,7%, seguido de frango (+42,5%), fumo em folhas (+28,7%), petróleo em bruto (+22,4%) e farelo de soja (+20,7%). No grupo de semimanufaturados, celulose teve um crescimento de 19,4%, couros e peles 17,8% e ferro fundido 16,6%. Os produtos manufaturados apresentaram crescimento de 12,3%, com destaque para aviões (+50,5%), suco de laranja congelado (+50%), gasolina (+49,5%), motores e geradores (+26%).
As importações alcançaram US$ 110,019 bilhões, cifra também recorde para o acumulado do ano, índice 30,2% maior que o registrado no mesmo período de 2006. Nessa comparação, observa-se crescimento de 33,5% de bens de consumo, 31,8% de bens de capital, 30,1% de matérias-primas e intermediários e 26% de combustíveis e lubrificantes.
O saldo comercial registrado no ano soma US$ 36,400 bilhões, valor 12,1% menor que o apresentado de janeiro a novembro de 2006 (US$ 41,405 bilhões).
Soja segue sendo um dos principais produtos básicos de exportação do Brasil
Foto:
João Paulo Ceglinski, Divulgação