Em sua pior queda desde 27 de fevereiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou 4,34%, nessa segunda-feira, dia 12, acompanhando o recuo das bolsas norte-americanas. Houve forte recuo das ações da Petrobras - as preferenciais desabaram 6,5%.

O nervosismo global com a crise do crédito imobiliário de alto risco (subprime) nos Estados Unidos empurrou a taxa de câmbio para sua maior cotação desde 28 de agosto. A moeda americana encerrou a R$ 1,777 para venda, em alta de 1,71%.

Desde pelo menos a semana passada, a crise dos subprime voltou a assombrar os mercados. Grandes conglomerados financeiros, como Citigroup, Wachovia e Merrill Lynch, começaram a estimar o tamanho das perdas com suas aplicações em créditos imobiliários de alto risco. Estima-se que atinjam pelo menos US$ 60 bilhões, mas há o temor de que o valor seja superior.

Pela manhã, os fechamentos das bolsas asiáticas já anunciavam o tom dos negócios: o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, recuou para o seu menor nível em 15 meses. O mercado acordou com a possibilidade de que a bola da vez seja o gigante global HSBC. As perdas começaram na Ásia e se estenderam pelos pregões europeus e americanos. No Brasil, o mercado teve motivo adicional para se desvalorizar: os investidores devolveram parte dos fortes ganhos apurados com as ações da Petrobras, após o anúncio de reservas gigantescas no campo de Tupi, na Bacia de Santos.