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 | 12/11/2007 20h52min

ONG WWF diz que não foi feito o suficiente para evitar vazamento de navio na Rússia

Navio com mais de 4 mil toneladas de combustível se partiu em função de uma tempestade

A WWF criticou nesta segunda, dia 12, a falta de medidas para evitar o vazamento de combustível no estreito de Kerch, entre Rússia e Ucrânia. A ONG ambiental disse que as verdadeiras conseqüências para o meio ambiente demorarão a serem conhecidas.

– Todos foram alertados sobre a tempestade antes de 11 de novembro, mas nenhuma ordem foi dada para levar os navios com carga contaminadora até lugares seguros – lamentou Oleg Tsaruk, responsável pela divisão Rússia Cáucaso do WWF.

No domingo, dia 11, o petroleiro Volga-Neft, que transportava  mais de 4 mil toneladas de combustível, se partiu em dois perto do porto russo de Kavkaz, no meio do estreito de Kerch, como conseqüência de ter sido vítima da pior tempestade registrada no local nos últimos 30 anos. Com rajadas de vento de até 100 km/h e ondas de cinco metros, a tormenta também atingiu outras cinco embarcações, e desde então cerca de 20 marinheiros estão desaparecidos.

Para o responsável pelo programa de petróleo e gás do WWF-Rússia, Alexey Knizhnikov, o acidente é uma conseqüência natural de quando navios criados para transitar em rios circulam por mares, sendo incapazes de suportar fortes tempestades. Tsaruk diz que, para minimizar as conseqüências dos vazamentos de combustível no mar, é necessário criar um grupo russo-ucraniano capaz de coordenar as ações, diante de uma emergência dos dois países.

– Esse grupo não deve ser responsável apenas por limpar os vazamentos, mas também deve prevenir possíveis acidentes – acrescentou, em referência ao fato de os cargueiros que portam produtos poluidores continuarem navegando pelo estreito nessas condições climatológicas.

O diretor de políticas de conservação do WWF-Rússia, Evgeny Shvarts, espera que o acidente faça com que seja adotada uma lei que garanta a segurança do transporte de petróleo pelo mar e pelos rios, como foi feito nos Estados Unidos depois de o navio Exxon Valdez ter derramado 42 milhões de litros de petróleo em 1989.

Sobre as conseqüências ambientais do vazamento de domingo, o diretor-executivo de conservação do WWF, Guillermo Castilleja, apontou que ainda é cedo demais para saber seu verdadeiro impacto sobre o meio ambiente. Além disso, Castilleja lembrou que o ecossistema dessa zona já tinha sido degradado por causa de outros derramamentos e poluentes, e este último vazamento será um revés a mais.

AGÊNCIA EFE

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