| 12/11/2007 09h05min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, dia 12, em seu programa de rádio Café com o Presidente, que o país trabalha para ser independente na produção de gás.
– Estamos trabalhando com a certeza de que, logo, logo, o Brasil também será independente na questão da produção de gás – afirmou.
Lula reconheceu que, atualmente, o Brasil depende do gás da Bolívia e, por isso, segundo ele, é preciso fazer investimento no país vizinho.
– O Brasil hoje depende do gás da Bolívia, a Argentina depende do gás da Bolívia, o Chile depende do gás da Bolívia e nós precisamos fazer investimento na Bolívia para que a gente possa produzir mais para atender o mercado interno da Bolívia, o mercado interno brasileiro, o mercado argentino e o mercado chileno – disse ele, e completou:
– Agora, além disso, a Petrobras está investindo muito aqui dentro.
Segundo o presidente, a Petrobras não vai optar por
restringir os investimentos.
– A Petrobras não vai fazer uma opção de investir aqui ou ali, ela vai investir aonde puder investir para que a gente possa dar tranqüilidade à sociedade brasileira – afirmou Lula.
– Num primeiro momento, o gás tem prioridade para termelétrica. Ou seja, quando os lagos que produzem energia elétrica tiverem num nível muito baixo, nós acionaremos imediatamente as termelétricas-gás. Num segundo momento, a Petrobras precisa atender às suas próprias necessidades porque ela precisa reinjetar gás para tirar petróleo. Aí, depois, ela pode oferecer para as indústrias, oferecer para os carros, oferecer para quem quiser – acrescentou o presidente.
No final de outubro, a Petrobras limitou o fornecimento de gás natural a distribuidoras dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. De acordo com a Petrobras, há mais de um ano, as empresas retiravam combustível além do previsto nos contratos. Segundo a companhia, a redução da entrega foi necessária para atender aos demais contratos e garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural, conforme termo de compromisso assinado pela estatal com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em maio deste ano.
AGÊNCIA BRASIL